Crítica originalmente publicada no blog Universo Leitura em 16/08/2014
Em uma de minhas várias e longas navegações pela vasta internet, à procura de um filme de terror bacana para passar o tempo e aliviar o tédio corriqueiro, me deparei com um certo longa, cuja curiosidade de conferir veio de muito tempo, porém, nunca tive tempo suficiente para assisti-lo. Entenda que foi apenas por curiosidade, jamais havia me entusiasmado pela sinopse deste filme, tampouco havia me atraído. Obviamente não esperava por uma obra-prima, muito menos um clássico do terror, ainda mais quando o enredo beira ao clichê, tem Megan Fox no elenco e causa certa enganação no espectador que espera pelo ineditismo que acaba ficando apenas na vontade.
O filme dirigido pela desconhecida por mim Karyn Kusama provoca certo desconforto com sua trama mal explicada e, nitidamente, mal elaborada. Nenhuma reação veio à tona durante a exibição, na verdade tudo deixou uma sensação de vazio, como se nada realmente estivesse acontecendo. O suspense tentou, de maneira bem forçada, colocar o enredo nos eixos, e é neste ponto que o filme falha miseravelmente. Um filme com Megan Fox no elenco em uma produção de cunho sexual e libidinoso, mas também em um filme sem carisma e sem emoção. Megan, na minha humilde opinião, é bastante bonita, contudo nem sempre beleza associa-se a um bom talento. Talvez a beleza de Megan seja algum artifício que mascare sua falta de talento para a atuação, enganando facilmente os olhos daqueles que suspiram só de ver ela em cena. Se você ainda não tiver visto o filme e está quase convencido de que Megan Fox está exercendo a profissão errada, neste fica mais evidente o que digo. Tudo ocorre de maneira um tanto tediosa, dá a impressão de que assiste-se um seriado genérico de terror adolescente, sem contar os efeitos pobres e nem um pouco convincentes. O romance dos dois personagens de Amanda Seyfried e Johnny Simmons chega ao cúmulo da chatice, já não sabia mais se estava vendo um filme de terror ou um seriado meloso de romance adolescente.
Por outro lado, algumas cenas conseguem salvar-se do criticismo negativo. São poucas, no entanto não conseguem dar vitalidade à trama suficientemente. Ponto para J.K. Simmons, que mesmo não contribuindo para a funcionalidade do enredo, conseguiu dar um banho de água fria nas duas protagonistas no quesito atuação. É frustrante para alguém que quer conferir um terror de qualidade, quase nada foi aproveitado de forma positiva.
No fim o longa resume-se apenas em um desenvolvimento que causa incômodo e com enredo fraco. A direção preguiçosa foi outro fator que determinou a causa de certo desconforto. Me senti aliviado depois que os 102 e perdidos minutos se passaram e frustrado ao mesmo tempo, por ter sido enganado pela minha própria curiosidade, com a finalidade de esperar algo do nível de O Grito. Infernal mesmo foi o tempo que fiquei vendo este, nada mais e nada menos, pseudo-terror.
NOTA: 3,0 - RUIM
*A imagem acima é propriedade de seu respectivo autor e foi usada para ilustrar esta postagem sem fins lucrativos.
*Imagem retirada de: https://lettersfromlouis.wordpress.com/2009/10/23/o-corpo-de-jennifer/
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